Várias surpresas e som repaginado encantam plateia de
Guilherme Arantes no show de 35 anos de carreira no
Citibank Hall (SP)
Bom ... vamos lá .... Um show de 35 anos é um show de
35 anos.
E
nem podia ser diferente. Mas nós do Planeta Guilherme
Arantes Fã Clube achamos que nem o fã mais otimista do
cantor imaginaria ver o que se viu na noite de 12 de
agosto de 2011, no Citibank Hall de São Paulo. Foram
quase 3 horas do mais puro pop rock brasileiro – dele
mesmo – um dos inventores do gênero no Brasil.
A gente já tinha visto o show de 3 horas e meia do
Auditório Ibirapuera. Mas aquele foi um lindo show
solo.. Nada a ver com o tom imprimido neste aqui. E
este show de 35 anos não podia ter sido mais especial.
Guilherme entrou cantando Raça de Heróis com uma
vitalidade surpreendente. Olha ... nem parecia que ele
nem era mais aquele menino cabeludo que apareceu no
videoclipe de "De igual para igual" de 1978 ou no
Chacrinha em 1979 - como mostrou o telão quase no
finalzinho do show. E o avô do Davi arrasou. Depois
cantou A cidade e neblina – do primeiro CD – aquele
mesmo – de 1976 – aquele em que ele vem caminhando
pela Rua da Alfândega no Rio de Janeiro – com um piano
fake na paisagem.
Mas de fake este show não teve nada. O som estava
impecável, a iluminação idem. O Kalil, Marião, Leleco , Paul
e todos os demais componentes do grupo estavam mais do
que inspirados. Os músicos nem se fala – Willy
Verdaguer, Luiz Sergio Carlini, Alexandre Blanc e
Gabriel Martini super sintonizados e concentrados. E
até um aditivo de som teve. Como é mesmo o nome
daquilo?! Vamos ver .... Ah sim! O tal de MUTRON
FLANGER que deu um trabalhão pro Guilherme o show
todo, mas que valeu a pena cada minuto.
O primeiro desses – é uma estória complicada - ele
tinha comprado nos anos 70 mas acabou dando de
presente pro Sérgio Batista – e agora Guilherme
voltava a usar um, tanto tempo depois. Pelo menos foi
o que ele disse para o público que se divertiu muito
com a sinceridade do cantor. A falta de prática com o
"bichinho" foi visível – mas quem ligou pra isso?!
O público estava elétrico e hipnotizado diante do mais
atípico dos músicos da MPB ... digo ... pop ... digo
.... rock .... digo ... tudo isso enfim....
Depois desse início já apoteótico, o show voltou pro
roteiro mais conhecido e a setlist desfilou Amanhã,
Êxtase, Brincar de viver, Pedacinhos, Blue moon para
sempre e Meu mundo e nada mais e todos os hits já
conhecidos de Guilherme.
Mas, lá pelas tantas, Guilherme anunciou que cantaria
uma canção nova – aquela tal que ele enviou para Maria
Bethânia ano passado e que não deu tempo de entrar nos
dois CDs recém lançados pela cantora na Biscoito Fino.
O clima foi de suspense e ele surpreendeu mais uma
vez a todos chamando ao palco a banda vocal Perseptom,
que imprimiu uma cara meio Boyz II Men, meio R&B a
“Você em mim” - o que deixou a plateia atônita. Os
meninos são ótimos, a canção é linda e a química entre
ambos foi perfeita.
Mas viriam mais novidades: Coisas do Brasil e Marina
no ar numa batida meio Doobie Brothers – vejam só
.... E não é que ficou demais. O resultado foi
maravilhoso e surpreendeu a todos novamente. O público
foi ficando cada vez mais envolvido pela empatia de
Guilherme, que de vez em quando parava o show para
saudar um primo aqui, o padrinho ali, a mãe e as irmãs
acolá. Foi mesmo um show em família. Foi um show entre
amigos. Foi um show esse show! Temos pena de quem
perdeu! Haverá outros muitos, certamente ... Mas esse
dos 35 anos quem viu, viu .... quem não viu, não sabe
o que perdeu!
Aliás, poderá matar a curiosidade através dos vídeos
que estaremos colocando ao longo dos dias.
Vídeos :
Fotos do show:
A cidade e a neblina.
Álbum de fotos
Taça de veneno
Raça de heróis
Amanhã
Êxtase