H I S T Ó R I A

 

Guilherme Arantes Transvarguarda...

Guilherme Arantes nasceu em 28 de julho de 1953, uma terça-feira, sob o signo solar de leão, ascendente em escorpião e signo lunar em peixes, na Pro Matre Paulistana (tradição de berço! - é o slogan do hospital), nas esquinas de Joaquim Eugênio de Lima e Paulista, no tradicional bairro da Bela Vista, o tão famoso Bixiga, em São Paulo. Mais paulistano, impossível! Tem duas irmãs: Ana Cristina – professora universitária e um ano mais velha, e Heloisa – médica e nove anos mais nova.

Aprendeu música a partir dos 4 anos, por influência do pai, o Dr Gelson Arantes, médico e músico (falecido recentemente), e não por acaso amigo do Dr Paulo Vanzollini - num cavaquinho pouco depois trocado por um bandolim. Mas foi mesmo no piano que ele encontrou abrigo aos 6 anos de idade. Ouviu Glenn Miller, bossa nova e ié-ié-ié e mais tarde, inspirado pelos festivais de música das TVs Excelsior e Record, montou seu próprio conjunto o Polissonante, com colegas de escola, entre eles o então jovem ator Kadu Moliterno.

Ainda adolescente, além de promover as famosas “guerras de ovos”, no Colégio Roosevelt, no bairro oriental da Liberdade, onde também aprendera soroban, o ábaco japonês – por insistência da mãe Dona Hebe - passa a freqüentar os programas de música da TV Record tais como O Fino da Bossa, Jovem Guarda, Esta Noite se Improvisa, O pequeno mundo de Ronnie Von, entre outros, por conta dos ingressos conseguidos com o tio Cyro Lima Arantes, um dos produtores da emissora.

Mais tarde, depois das experiências amadoras, estréia como músico profissional tocando no grupo de Jorge Mautner. Entra, no segundo vestibular, e depois de ralar um ano no Cursinho Anglo (“uma fabrica de salsichas”, segundo ele), na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), em 1973, e naquele mesmo ano forma a banda Moto Perpétuo - com Claudio Lucci (violão) e Diógenes Burani (bateria) -, e que misturava rock progressivo e música brasileira, mais especificamente a de Minas Gerais - do então recém-lançado Clube da Esquina. O grupo ,  estando empresariado por Moracy do Val , ex- Secos e Molhados , conseguiria lançar um LP, em 1974,  com a adição de um baixista , Gerson Tatini , e um guitarrista , Egydio Conde .

Trabalhou na Pauta e Vice-Versa, produtoras de jingles... e quem não se lembra de seu famoso jingle para a Rádio Jovem Pan FM de São Paulo dessa época...?! Jóóóóóóvem Paaaaan 2....Éfeeeee Emeeeee...Jóóóóóóvem Pan 2 Claaaaaasse Especiaaaaaallll.... Que marcou época...e a toda uma geração...

Mas, em 1975, com a sua saída do grupo Moto Perpétuo, Guilherme Arantes resolve seguir carreira solo, como compositor, e já em 1976, lança seu primeiro LP pela Som Livre, que incluía, entre outros, o sucesso Meu Mundo e Nada Mais, popularizado pela trilha sonora da novela Anjo Mau, da TV Globo. Incluía, também, A Cidade e a Neblina, Descer a Serra (Sorocabana), muito executada pelas rádios AM da época, Nave Errante, Cuide-se Bem, Pégaso Azul, Antes da Chuva Chegar e Não Fique Estática, entre outras. O sucesso do disco seria também seu passaporte para abandonar a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, já no quarto ano.

Nesse estágio duas pessoas foram fundamentais para alavancar o lançamento de Guilherme , o Diretor Musical da Som Livre Guto Graça Mello e o produtor Otavio Augusto , também conhecido como Pete Dunaway , que havia lançado Fruto Proibido , de Rita Lee .

Como se sabe , na época , dava-se preferência para músicas cantadas em inglês , e essa aposta da Som Livre no que Guilherme representava como novo , foi fundamental .

A seguir vem o disco Ronda Noturna (1977), também pela Som Livre, um disco irregular em termos temáticos, e que conta com músicas tão díspares como Baile de Máscaras ( tema da novela Espelho Mágico ) ou a própria Ronda Noturna. Incluia ainda: Oh! Meu Amor, Fuzarca na Discoteca, Cinza Industrial, Made in U.S.A.,Vento da Manhã, A Cor da Aflição, e a tão famosa Amanhã, que seria incluída na trilha sonora de Dancin’ Days, no ano seguinte , por obra do produtor Marcio ( ex- Vips ) .

Depois disso, e diante de um impasse contratual com a Som Livre, vai para a Warner Music (WEA), onde passa alguns anos afastado dos holofotes da mídia, por conta de projetos não tão populares tais como A Cara e a Coragem (1978), Estatísticas (1979) e Coração Paulista (1980) lançados naquele intervalo.

Guilherme então se casaria com sua namorada Márcia , colega da FAU , e em 1980 nasceria Marietta , sua primeira filha .

André Midani , presidente da WEA , foi uma amizade importante e um executivo persistente , que muito contribuiu para que Guilherme prosseguisse sua batalha .

Por força do nome Coração Paulista , desperta o interesse de Elis Regina , que o telefona  em busca de repertório para seu disco novo , pela Odeon , e Guilherme lhe promete um “hit” em uma semana . De fato , em uma semana lhe entregava a música Aprendendo a Jogar , que estouraria um mês depois .

Tudo mudaria radicalmente , com o sucesso de Elis , o mercado enxergando Guilherme como uma espécie de Midas , e a intelectualidade o aceitando como importante , o que era inédito em sua carreira – até então desdenhada pela crítica e pelos colegas da universidade . Elis gravaria também Só Deus é quem sabe , no mesmo disco , e César Camargo Mariano foi de grande valia , avalizando e fazendo seus arranjos com a maestria que lhe é peculiar.

Em 1981 , sob a direção artística de Guti Carvalho , e produção de Fernando Adour ,  lança o compacto com Deixa Chover, que faz parte da trilha da telenovela Baila Comigo, e que viria a recolocar Guilherme nas FMs , em primeiro lugar , além de obter o tão famoso segundo lugar no II Festival MPB Shell com a música Planeta Água, que o traria definitivamente ao estrelato. O episódio ficou marcado por ter sido um recorde de vaias (10 minutos!) por parte de 30.000 pessoas, no Maracanãzinho, no Rio, para a cantora Lucinha Lins, que obtivera o primeiro lugar, com a canção de Jerônimo Jardim, Purpurina, inteiramente do desagrado do público, que desejava Guilherme Arantes em primeiro.

Naquele momento, Guilherme Arantes já estava se casando com Luiza, a segunda mulher , ex- secretária de Nelson Motta e discotecária (DJ) das Noites Cariocas e Paulicéia Desvairada , e na época componente do grupo Gang 90 e Absurdettes, do qual  Guilherme produziu o compacto de Perdidos na Selva , uma parceria com Julio Barroso que obteve grande sucesso .

Com Luiza , Guilherme viria a ter três filhos: Gabriel, Pedro e Tiago.

Em 1982 , o LP pela WEA , contendo entre outras,  Lance Legal e O melhor vai começar , era aclamado pelo público e ( pela primeira vez ) pela crítica .

Em 1983 , voltando para a Som Livre , lança o LP Ligação , com o sucesso nacional Pedacinhos , e em seguida participa dos especiais infantis, concebidos por Augusto César Vanucci, tais como Pirlimpimpim ( marcando os 100 anos do nascimento de Monteiro Lobato)  - para o qual compôs Lindo Balão Azul,  e no ano seguinte Plunct Plact Zum , para o qual compôs Brincar de Viver , parceria com Jon Lucien , interpretada por Maria Bethânia . Era só sucesso .

Nesse período , também Fafá de Belém viria a estourar com a música Aconteceu Você , e o MPB4 , com Labirinto . Guilherme era a bola da vez como compositor , recebendo pedidos de todas as maiores estrelas da MPB .

Pirlimpimpim 2 viria a ser a próxima produção , um especial infantil totalmente composto por Guilherme , em parcerias com o importante poeta paranaense Paulo Leminski , incluindo Xixi nas Estrelas .

Em 1984, muda-se com a família de São Paulo para o Rio de Janeiro, e volta-se mais para a tendência pop, que conquistava as rádios FM, naquele momento, obtendo enorme êxito com, entre outras,  Cheia de Charme – que em entrevista a Folha de S. Paulo mais tarde ele definiria como um “cha cum dum pop!”.

Contratado pela CBS , ( atual Sony )  sob direção de Cláudio Conde e Marcos Maynard , Guilherme faria uma incrível seqüência de sucessos , tais como Fã número 1 ,  Mania de possuir , Loucas Horas , bem como Coisas do Brasil e Marina no Ar, parcerias com o jornalista e compositor Nelson Motta .

Em 1987 , estouraria com Um Dia , um Adeus , tema da novela  Mandala  , e em 1989 lançaria Raça de Heróis ( tema da novela  Que rei sou Eu ? ) e o  hit Muito Diferente , ambas  do LP Romances Modernos.

Em 1990 , lançaria Pão , um disco mais “cabeça” , produzido por Mazolla , com elementos mais dançantes , como Babel .

Lança também neste ano o duplo Meu Mundo e Tudo Mais , ao vivo , gravado no Palace , num show com direção de Jorge Fernando .

A seguir , iria para a Odeon , onde produziria inteiramente seu novo LP ( já migrando para o formato CD ) Crescente , incluindo o hit Sob o Efeito de Um Olhar , tema da novela Vamp , e Taça de Veneno , com a participação do Barão Vermelho , tema da novela Deus nos Acuda .

Em 1993 , lançaria Castelos , novamente pela Sony , cujos destaques seriam O Lado Prático do Amor e  Lágrima de uma Mulher .

Em meados de 1994, depois de vários meses em Londres, burilando sons com o auxílio do maestro Graham Preskett, e a partir de uma sofisticadíssima produção ( que herdava na Polygram do disco de Maria Bethânia -aquele com canções de Roberto Carlos), ele volta ao país para lançar Clássicos, um disco “totalmente diferente” de tudo que fizera até então, interpretando versões de músicas dos anos 60 e 70 - 1968/1972 mais exatamente - incluindo baladas pianísticas, num tributo a músicos como Steve Wonder, Carole King, Cat Stevens, Roberta Flack, entre outros. O destaque seria Trilhas ( Traces ) , que foi tema da novela A Próxima Vítima .

Em 96 , lança Outras Cores , um CD de inéditas , sob a produção do Ronnie Foster , gravado em Los Angeles , incluindo Marca de uma estrela , Hora de Partir o Coração , e Em suas mãos - uma parceria com Nando Reis .

Em 1997 , faz uma retrospectiva da carreira , lançando um acústico de estúdio , Maioridade , que comemora seus 21 anos de carreira, e que coincide com o     “ remake” de Anjo Mau na TV .

Em 1998 nasce sua quinta filha, Paola.

Enquanto isso, outras coletâneas de sucessos do cantor e compositor passam a insistentemente ocupar as prateleiras das lojas de discos...E são vários os nomes: Amanhã (duas), Pérolas, Identidade, Geração Pop (I e II), Músicas do Século XX, 21 Sucessos do Século 20, entre outras , uma fórmula corrente das gravadoras girarem o catálogo , mas que acaba engavetando os títulos originais .

Guilherme passa a classificar isso como “ canibalização”  , mas prossegue em sua batalha para gerar o novo . Competindo com seu próprio passado ,vê apenas os grandes hits serem executados nas rádios , refratárias aos novos lançamentos .

Em 1999, Guilherme  lança um CD, pela Playarte -  Guilherme Arantes, no qual aparece na capa com uma imagem totalmente diferente da qual se via dele. Os destaques desse CD seriam O que é saber amar e a regravação de Na linha do Horizonte , antigo sucesso do grupo Azymuth .

Mas, já em 2000, muda tudo de novo (esse leonino!) e vem com New Classical Piano Solos, surpreendendo até mesmo seus fãs mais próximos. Um disco na linha new age e elaboradíssimo, gravado em seu próprio estúdio, e que deflagra a busca de Guilherme por novos caminhos musicais e pessoais.

Guilherme Arantes recebe neste mesmo ano, e para o orgulho do Brasil, já que ele é o único a obtê-lo até agora, o “certificado Steinway”, da famosa fábrica americana de pianos, uma espécie de “ISO 9002” dos pianistas mundiais, já que apenas 900 músicos, no mundo inteiro, possuem o título de Steiwnay Artist

Em 2001, no Acústico pela Sony Music se faz acompanhar por uma banda muito bem escolhida, que inclui os amigos do Radio Táxi, Wander Taffo, Lee Marcucci e Gel Fernandes, além do ex-integrante da Banda Metalurgia, o excelente Lino Simão, e do tecladista Rubem di Sousa, companhia constante do grupo Skank. A gravação é feita ao vivo no palco do Teatro Mars, no bom e velho Bixiga em São Paulo, comemorando em CD e DVD os 25 anos de carreira do já não tão mais “menininho da Globo/Som Livre”.

Em 2003, brinda os fãs com Aprendiz, cd de inéditas, totalmente produzido no seu estúdio na Bahia, e distribuído pela Som Livre. No repertório Aprendiz de Carpinteiro, A Mata de onde eu vim, Tudo por amor, Vai ficar pra mim, além de uma regravação de uma canção interpretada por Tim Maia, Esse nosso adeus (Beto Cajueiro /Paulo Zdanowski). A canção Casulo fez parte da trilha sonora da novela Agora é que são elas (Globo). 

Em 2007/2008, lança em shows, no Vivo Rio e Citibank Hall (SP), o cd Lótus, pela Som Livre. A canção de trabalho do cd é Blue moon para sempre. Outras canções do cd são Um grão de amor, Por todo canto, já gravada antes pela cantora Carla Visi,  a parceria com Max Viana Disque sim, Cena de cinema, e as parcerias com Nelson Motta, VaiVem (Amor de carnaval) e Verão de 59, uma ode aos 50 anos da Bossa Nova. A novidade é o rap Tributo: um alerta contra todos os tipos de racismo.

 Também em 2007, Arantes lança o cd/dvd Intimidade, gravado ao vivo, pela Som Livre, no estúdio Coaxo do Sapo. Exibido inicialmente pelo Canal Brasil, o dvd reedita as canções de sucesso de Guilherme, em versões mais MPB.

 Ao mesmo tempo, seu estúdio Coaxo do Sapo inicia-se na  produção musical em MPB (Sérgio Passos é o primeiro), além de ter produzido, no final de 2007, a dupla de reggae inglesa Adrian Sherwood/Brother Culture.

Em 7 de julho de 2007, Arantes abriu o evento Live Earth na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

 Recentemente, Flávio Venturini e Guilherme Arantes lotaram o Credicard Hall, no dia dos namorados,  numa parceria que já está por merecer um dvd.

Em 2007, ainda, participa do show de Vanessa Falabella, no Grand Hyatt Hotel (SP) e apresenta-se no Citibank Hall (SP) com o Rádio Táxi. Participa, ainda, de apresentação no Via Funchal (SP), no show da Yamaha, com Zeca Baleiro. Na TV dos programas Mulheres (Gazeta SP), Sem Censura (Rede Brasil) e Altas Horas de Serginho Groisman (Globo).

Ainda em 2007, Pedro Mariano regrava Só Deus é quem sabe e Joanna regrava Meu mundo e nada mais.

Em 2008, tem apresentação no Citibank Hall (SP), por ocasião do lançamento de Lótus e “Blue moon para sempre” do CD Lótus é lançada pela Nova Brasil FM.

É entrevistado por Ronnie Von no Todo Seu e toca com Elba Ramalho - que o chama de “gênio”. Em 2008, ainda, surpreendeu ao se  apresentar  no Festival de Verão de Pedro Leopoldo (MG) no altar da Igreja de São Judas Tadeu – uma tradição local.

Em 12 de junho, apresenta-se no Credicard Hall (SP) com Flávio Venturini, no dia dos namorados.

Confirmando ser um dos compositores favoritos das cantoras brasileiras, em 2008,  Zélia Duncan regrava Cuide-se bem e Adriana Calcanhoto insere Meu mundo e nada mais na setlist do show Maré.

Em 2008, ainda, apresenta-se com Flávio Venturini no Cine Theatro Central de Juiz de Fora (MG) e com Toquinho no Passatempo (SP). Em 5 de dezembro, fecha o ano com um show no SESI Avenida Paulista (SP).

Em 2009, apresenta-se com Maurício Gasperini e Banda na Marcenaria (SP), no Centro Cultural São Paulo (SP) e no Teatro Municipal de Santo André (SP).

Ainda em 2009, apresentação no Chevrolet Hall Recife com Jorge Vercillo, no Chevrolet Hall Belo Horizonte (MG), no Vivo Rio (RJ) e no Citibank Hall (SP).

Vanessa da Mata regrava Um dia um adeus e Bruna Caram regrava Cuide-se bem.

Em fevereiro de 2010, apresentação solo de 3 horas e meia no Auditório Ibirapuera (SP). A partir de abril 2010 faz duas temporadas no Bar Brahma (SP) – uma no primeiro e outra no segundo semestre.

Célia regrava Êxtase, Edgard Scandurra regrava Meu mundo e nada mais e Nando Reis regrava Lindo balão azul.

No segundo semestre de 2010, participa no DVD da cantora paulistana Klebi Nori e do DVD de Edgard Scandurra  no Teatro Fecap (SP).

No final de 2010, apresentação no Teatro Municipal de Mauá (SP) e no Credicard Hall (SP) com Nando Reis, no lançamento do DVD de Nando. Em dezembro. no Teatro da Caixa Econômica Federal em Curitiba (PR).

Em 2011, Céu grava videoclipe de Planeta Água, Fagner regrava Um dia um adeus e Os Trovadores Urbanos regravam Meu mundo e nada mais.

Em abril e junho, respectivamente, Guilherme Arantes se apresenta com a Orquestra Filarmônica de Brasília no Teatro Nacional em Brasília e no Teatro Rio Vermelho em Goiânia (GO).

Em maio há a pré-estreia do show 35 anos em Mogi Guaçu (SP). Em junho (8), Guilherme Arantes se apresenta no Congresso Nacional, a convite da Frente Parlamentar Ambientalista,  em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente (5).

Em junho, apresentações com banda no Club A do Sheraton Hotel São Paulo em evento da Yamaha e no Teatro Riachuelo em Natal (RN).

Em julho, Jô Soares entrevista Guilherme Arantes no Programa do Jô - em comemoração aos seus 35 anos de carreira.

Ainda em julho, lançamento do CD A Cara e a Coração no qual  bandas de Salvador homenageiam Guilherme Arantes pela sua contribuição ao rock brasileiro.

Em agosto, apresentação no Chevrolet Hall Recife (PE) com o Roupa Nova.

No dia 12 de agosto de 2011, Guilherme Arantes comemora 35 anos de carreira em grande estilo no Citibank Hall (SP)! Veja os nossos vídeos exclusivos!

Neste show houve pré-lançamento da canção “Você em mim” com  participação especial do grupo de R&B  Perseptom Vocal Band.

 

2012: Em noite de muita reflexão e de muita emoção, lançamento de “A voz da mulher na obra de Guilherme Arantes”, da Joia Moderna, leva Guilherme Arantes às lágrimas

Claro que era pra ser uma noite de reflexão. Era pra ser também uma noite para se repensar porque alguns homens têm tanto ódio de suas mulheres. Mas também era uma noite de homenagens.

O projeto “Apolônias” foi aberto com uma exposição dentro do próprio Teatro Fecap (SP). Os convidados entraram mais cedo para isso. E não era nenhuma obra de arte que eles viam …. mas obras de puro horror…. A exposição era um chamamento para a realidade que certas mulheres vivem e o incentivo para as doações.

Quando o show, em si, começou, Guilherme Arantes veio para a plateia e começou a se ver na tela. Era a grande surpresa da noite …..Um ator de cerca de 16 anos representou em um vídeo o Guilherme Arantes adolescente. Um Guilherme em dúvida com os caminhos a seguir. Um Guilherme dividido entre a vontade de ir para a universidade estudar Arquitetura e a vocação pela música. Foi emocionante demais. O garoto era mesmo muito parecido com Guilherme na mesma idade e o cantor não conteve as lágrimas.

A seguir, um outro vídeo mostrou fotos de Guilherme em várias épocas com os nomes de suas centenas de músicas gravadas por tantos cantores e cantoras e as datas em ordem cronológica ao som de “Meu mundo e nada mais”….

Na sequência, uma a uma, cada uma das 14 cantoras entrava fazia sua canção e dava lugar a outra. Participações emocionantes, que levaram Guilherme novamente às lágrimas. No meio do show Tiê chamou Fábio Bibancos para as explicações sobre o novo projeto da Turma do Bem - “Apolônias”. Mais emoção!….

 A atriz Lu Grimaldi interrompeu a sequência de canções com uma performance, com um monólogo representando as milhares de mulheres vítimas de violência doméstica…..

O DJ Zé Pedro também entrou no palco para falar de sua felicidade com o lançamento do CD “A voz da mulher na obra de Guilherme Arantes” e também do show, que o deixou em “êxtase” …

Enquanto isso, Guilherme se preparava para entrar em cena e cantar mais três canções: “Um deus ateu”, “Lágrima de uma mulher” (em homenagem às “apolônias”)  e “Cuide-se bem”

Ao final, todas as cantoras entraram e cantaram “Amanhã” e “O melhor vai começar” com Guilherme Arantes e “Lindo balão azul” também com a participação de toda a plateia.

Participaram da homenagem a Guilherme Arantes as cantoras Adyel (Êxtase), Célia (Prelúdio/O amor nascer), Cida Moreira (Brincar de viver), Daniela Procópio (Canção de amor), Luciana Alves (Só Deus é quem sabe), com a participação de Chico Pinheiro, Márcia Castro (O melhor vai começar), Maria Alcina (Aprendendo a jogar), Marya Bravo (Vivendo com medo), Silvia Machete (Cheia de charme), Tiê (Pedacinhos), Vânia Bastos (Primaveras e verões), com a participação de Ronaldo Rayol, Verônica Ferriani (Muito diferente) e Verônica Sabino (Loucas horas).

Na plateia o co-autor de “Canção de amor” - J.C. Costa Netto - além dos jornalistas Marcus Preto (FSP) e Patrícia Palumbo (Rádio Eldorado/Rede Brasil), além dos convidados da Turma do Bem, em sua maioria dentistas e parceiros do projeto, e executivos da Amil, que também contribui com os projetos da TdB.

 Ao final, a imprensa teve acesso aos camarins onde em clima de muita emoção e cumplicidade as cantoras tiraram dezenas de fotos com Guilherme Arantes.

 Enquanto isso, o DJ Zé Pedro andava de lá pra cá em transe, de tanta felicidade! Parecia uma criança! 

 

Guilherme Arantes nos bailes da cidade:

Gravação do DVD de Dexter no Carioca Club (SP)

Guilherme Arantes participou, no domingo 21 de abril de 2013, de uma grande celebração de amigos - a gravação do DVD de Dexter (Oitavo Anjo) - em um dos redutos mais tradicionais da cena Funk/Hip Hop/Samba-Rock de São Paulo - o Carioca Club - no Largo de Pinheiros.

A noite começou com uma grande apresentação do DJ Hum - dando uma verdadeira aula da cena black (R&B, Funk, Samba-Rock, Hip Hop) em São Paulo - contanto tudo, musicalmente, com uma grande reverência à importância dos bailes no Clube da Cidade, na Barra Funda. Foi um delírio.

Mais tarde, com a gravacâo do DVD iniciada, um a um, chegaram os amigos de Dexter, entre eles o Katinguele, Ganja, Pinha, Ao Cubo, Paula Lima, Seu Jorge, Péricles, Mano Brown e Guilherme Arantes. Foi uma festa, bem ao estilo dos Bailes da Cidade.

Guilherme Arantes cantou “Um dia Um Adeus”, junto com Dexter, que fez solo da canção em certo momento e ficou lindo….

Depois, Guilherme cantou “Amanhã” com o videoclipe ao fundo. Um arraso!

Guilherme conheceu Dexter por intermédio de Mano Brown, na produtora Bóia Fria, no início do ano e ao saber do projeto fez questão de participar.

Estamos ansiosos pelo DVD.

 

2013: O novo CD: Condição Humana

Da Vanguarda à Nova Vanguarda: a Condição Humana de Guilherme Arantes

Em 1991, Guilherme Arantes participou de um show no Sesc Pompeia, que fazia parte de uma programação maior de shows chamada de Via Paulista e que homenageava São Paulo e sua música.

A maioria dos artistas do Projeto Via Paulista eram músicos paulistanos/paulistas e eram especificamente pertencentes à Vanguarda Paulista, importante cena musical da época, com enorme repercussão posterior na MPB. Faziam parte da trupe: Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé, Grupo Rumo, Premeditando o Breque, Língua de Trapo, Luis Tatit, entre tantos.

Os artistas da Vanguarda Paulista dividiram, na ocasião, espaço no Sesc Pompeia com Guilherme Arantes. Guilherme, como sabemos, não pertencia à Vanguarda. Mas, em 1980, tinha a mesma “pegada” da Vanguarda e que havia sido registrada no seu disco daquele ano “Coração Paulista”.

"Coração Paulista" virou cult. É vendido a peso de ouro nos sebos e foi relançado anos atrás.

Cerca de 30 anos depois, uma nova geração de músicos surgiu em São Paulo e acabou sendo chamada de Novos Paulistas ou Nova Vanguarda Paulista – nomes que nem todos eles gostam – mas que acaba explicando, de forma rápida, esse boom de boa música de São Paulo.

E a carreira de Guilherme voltaria a cruzar – agora com a Nova Vanguarda Paulista.

Em 2009, Bruna Caram regravou Cuide-se bem. Em 2010, Marcelo Jeneci visitou Guilherme na sua temporada no Bar Brahma. Em 2011, Léo Cavalcanti cantou “Coisas do Brasil” no Som Brasil.

No carnaval de 2012, Guilherme Arantes cantou com Tulipa Ruiz no trio elétrico de Paulinho Boca. Também em 2012, Guilherme “encontrou-se” com Mariana Aydar na regravação de “Águas Passadas” para o CD do DJ Zé Pedro – “A voz da mulher na obra de Guilherme Arantes”, da Joia Moderna, e com Tiê na regravação de “Pedacinhos” e também no show de lançamento do CD.

Ano retrasado, Guilherme fez participação especial no show de Tiê no Teatro Castro Alves, em Salvador.

Agora, novamente, a carreira de Guilherme Arantes cruza com quase toda a trupe dos Novos Paulistas, no projeto do seu novo CD – “Condição Humana”.

Estiveram quase todos em estúdio para deixar sua marca no coro do mais novo projeto do Guilherme, e, é claro, deixar sua homenagem ao mestre: Bruna Caram, Duani Martins, Laura Lavieri, Marcelo Jeneci, Mariana Aydar, Thiago Phetit, Tiê, Tulipa Ruiz.

Estiveram por lá também Curumin, Marietta Vital – Massarock – a filha mais velha do artista, Edgard Scandurra do Ira!, o multi-instrumentista carioca Kassin, a cantora Luciana Oliveira e a Filarmônica de Pasárgada – um pessoal pra lá de bom do curso de Música da ECA-USP - que está sendo lançado pela Coaxo do Sapo.

Eita mundão velho sem porteira! Taí a garotada de São Paulo com o “não tão novo paulista assim” Guilherme Arantes. Só pode vir coisa muito boa daí. Vamos aguardar com ansiedade!

Adriano Cintra: Oriundo da banda Cansei  de Ser Sexy - um dos maiores hits do início dos anos 2000 - o cantor, compositor e multi-instrumentista Adriano Cintra é um dos maiores nomes da nova MPB.

Bruna Caram: cantora de fina estirpe - neta, filha e sobrinha de cantores do rádio e integrantes do grupo “Trovadores Urbanos” - Jamil Caram, Juca Novaes e Lucila Novaes, entre outros. Talvez você a conheça mais pelo hit “Palavras do Coração” há alguns anos lançado pela Dabliú - gravadora do parceiro de Guilherme Arantes - o brilhante J.C. Costa Netto - também seu produtor.

Curumin: O baterista Curumin é figurinha carimbada na obra de quase toda a Nova Cena de São Paulo. Falou-se em Nova Cena Paulista, falou-se em Curumin. Tão cultuado na cidade como o ótimo Tatá Aeroplano da banda “Cérebro Eletrônico”, ou Fernando Catatau, da banda “Cidadão Instigado”, banda de origem de Marcelo Jeneci.

Duani Martins ou somente Duani … é o cara….. Presente na obra de vários artistas da Nova MPB de São Paulo e com obra própria muito instigante. É o cara do cavaquinho de Marcelo D2 e Seu Jorge…E mais!… Duani - ex-vocalista da banda Forrosacana -  viverá Tim Maia nas telonas.

Filarmônica de Pasárgada: Já disse a que veio. Tem disco recém lançado pela Coaxo do Sapo. É um pessoal muito talentoso oriundo do Departamento de Música da ECA-USP.

Kassin:  O produtor musical e multi-instrumentista carioca Alexandre Kassin talvez seja o mais cultuado nome da nova cena da Nova MPB. Citado pela Folha de S. Paulo como um dos transformadores da identidade musical brasileira nos anos 2000. Alexandre Kassin é um dos nomes mais criativos da nova cena musical brasileira. Destacou-se como produtor de Los Hermanos, Vanessa da Mata, Jorge Mautner, Caetano Veloso e Adriana Calcanhoto. No início dos anos 90, participou da banda Acabou La Tequila e, de lá pra cá, fez parte da Orquestra Imperial, do combo + 2, formado com os amigos Moreno Veloso e Domenico Lancellotti, e lançou o álbum Sonhando Devagar (2011) e produziu trilhas de filmes.

Laura Lavieri: filha do respeitado e cultuado músico Rodrigo Rodrigues da banda cult “Música Ligeira” - ícone da “segunda geração” da Vanguarda Paulista. Prestem a atenção na voz de anjo desta moça. Incrível!

Luciana Oliveira: foi vocalista da banda Natiruts do cenário reggae de Brasília. Uma grande promessa da Nova MPB. Acabou de gravar pela Coaxo do Sapo seu mais novo CD. 

Mariana Aydar:  filha da publicitária Bia Aydar e de um dos mais respeitados músicos brasileiros - o guitarrista e violoncelista Mario “Manga” Aydar - membro-fundador do cult Premê (Premeditando o Breque) e do grupo mega cult “Música Ligeira” - que ele formou com Rodrigo Rodrigues e Fábio Tagliaferri nos anos 90.

Marietta Vittal: cantora da Nova Cena de São Paulo. Por acaso é filha de Guilherme Arantes. Canta dub - uma espécie de reggae com pegada política. Vale a pena ouvir mais em Trama Virtual no Youtube e no seu CD “Massarock” produzido pela Coaxo do Sapo, sob direção de Pedro Arantes.

Marcelo Jeneci: Grande músico e compositor e representante da Nova Cena da Nova MPB. É um dos chamados Novos Paulistas. Começou tocando na banda de Chico César e como tecladista do cult “Cidadão Instigado”. Marcelo Jeneci se considera “filho artístico” de Roberto e Erasmo Carlos e Guilherme Arantes.

Thiago Pethit: já foi chamado pela MTV Brasil de “o mais novo talento da MPB” no “Aposta MTV VMB de 2010”. Ele ganhou o prêmio daquele ano. Não promete mais. É um grande cantor. Acompanhem sua obra no Youtube e nas redes sociais. Vale a pena. O menino é ótimo!

Tiê: neta da pioneira da TV Vida Alves. Tiê nasceu e se criou em meio artístico. O resultado tem sido de uma beleza incomparável. Uma das maiores cantoras da nova geração.

Tulipa Ruiz: cantora da nova geração da Nova MPB e dos Novos Paulistas. Cresceu ouvindo Itamar Assumpção. O pai dela é o jornalista (ex-Estadão) Luiz Chagas, que além da atividade jornalística sempre conciliou atividade musical - como membro da lendária “Banda Isca de Polícia” - de Itamar Assumpção - que vem compondo com o trombonista Bocato, Paulinho Lepetit, Vange Milliet e Suzana Salles. O disco do ano de 2012, segundo a crítica, foi “Tudo Tanto”, produzido por Gustavo Ruiz - seu irmão e parceiro - também parceiro de Vanessa da Matta.

Esse pessoal todo tem sido visto na foto com o Guilherme Arantes - tirada pelo jornalista Marcus Preto - em março passado no estúdio YB, na Vila Madalena em São Paulo. (acima)

A grande maioria deles já se apresentou no “Som Brasil” da Rede Globo homenageando compositores de outras gerações, com direção atística de Guto Graça Melo - por acaso um dos caras que descobriu Guilherme Arantes. Olhem só!

Em 2013, Guilherme Arantes ganharia o Prêmio Multishow de melhor álbum de MPB e os meninos e meninas da nova cena da MPB foram homenageados no Som Brasil 2000

 

2013: Lançamento de “Condição Humana” na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (SP)

No olhar estrangeiro …..  A poluição que faz chorar…

O  #RecordStoreDay  da Livraria Cultura, neste ano, na loja do Conjunto Nacional (SP), começou com o olhar vanguardista do Grupo Rumo, às 11h, com plateia lotada no Teatro Eva Herz.  Às 13h, veio o jazz & blues do brilhante André Cristovam e banda.

Por volta de 14h30, no deck de madeira, chegava Guilherme Arantes. Ainda com a roupa de viagem do show de ontem no Recife , como ele mesmo confidenciou. Chegou cansado … mas animado …

E foi assim, meio amassado, meio tropeçando, de camiseta azul claro, que ele começou já batendo papo com a plateia. “E então, o que vocês querem ouvir?! … O disco novo?!” …  Ele perguntou ao público. E ele mesmo respondeu …. “Vou tocar esta …. “…. E entrou com “Um dia um adeus”, para deleite geral ….

Depois, para surpresa de todos, ele começou a tocar, uma a uma, várias faixas do novo CD – “Condição Humana” – que a Livraria Cultura está lançando em seu site e em suas lojas, também já lançado pela Baratos Afins, via Tratore.

E assim, sem muito alarde, Guilherme cantou “Tudo que eu só fiz por você”, “Moldura do quadro roubado” e “Olhar estrangeiro”.

Ao cantar “Castelo do reino”, ele disse que a canção tinha sido encontrada por ele em uma fita cassette muito antiga, da época de “Meu mundo e nada mais” e que ele resolveu acreditar na força que a música ainda tinha.

 Finalmente ele cantou “Onde estava você?!”, em versão piano e voz

Guilherme foi didaticamente explicando cada parte das letras a atenta plateia ….

Em certo momento, Guilherme se emocionou ao falar da crueza da letra de “Olhar estrangeiro”, uma visão ácida dos problemas que encontramos pelas ruas de São Paulo. “Eles podiam ser meus filhos”, disse Guilherme, segurando o choro ….. “Morro de pena de ver o olhar perdido desses meninos de rua…” …. “olhar tão perdido quanto o que eu tinha, na idade deles, mas por razões diferentes, pois eu vivia sonhando quando adolescente”, lamentou o artista.

Ao se referir a “Onde estava você?!”, Guilherme agradeceu ao auxílio luxuoso de seus amigos Marcelo Jeneci, Tulipa Ruiz, Bruna Caram, Mariana Aydar, Tiê, Curumin, Kassin, Duani,Luciana Oliveira e Filarmônica de Pasargada …..

Agradeceu também à filha – a cantora Marietta Vittal - que fez duo com ele em uma canção.

Ao final, Guilherme saiu do deck e foi para a área reservada aos lançamentos. Recebeu muitos abraços, tirou dezenas de fotos e igualmente concedeu outros tantos autógrafos.

Guilherme estava muito feliz e quando podia dizia umas palavras a todos. Agradeceu abertamente a ajuda fundamental do jornalista e amigo Marcus Preto.

Passou por lá, além de Marcus Preto, o DJ Zé Pedro, amigo de Guilherme e feito um furacão …rs…. Mas tirou para o Instagram uma foto linda ….

Também estava por lá o staff da Produtora Coaxo, o músico Cássio Poleto, violinista de Guilherme e também de André Cristovam e muitos amigos, familiares e fãs.

Mais uma vez foi uma tarde memorável.

“Condição Humana”está no mercado!

 E Valeu a pena!!!  O superjuri escolheu o disco " Condição Humana" como o melhor disco da categoria no Premio Multishow 2013