Virada Cultural 2014 -  18/05/2014
 

 

Momento único

A Virada Cultural da cidade de São Paulo, em 2014, com toda

 certeza,não foi apenas mais um show na longa trajetória de quase 40

 anos de Guilherme Arantes. Escalado entre Silva e Marcelo Jeneci, ele

 se emocionou várias vezes. 

          Para quem não sabe, a escalação dos palcos se dá por processo

de curadoria. Um curador, durante o ano todo, estuda o melhor “lineup”

 para cada palco. E nada é por acaso.

         E não foi por acaso que Guilherme Arantes estava lá, no Palco

Líbero Badaró, em pleno Largo de São Bento. Tratava-se de uma

justíssima  homenagem, no palco "cult", a um dos mais profícuos e

atípicos cantores e compositores brasileiros da música contemporânea.
 

         Começou em banda de baile, voltou-se para o universo do rock

 progressivo com o Moto Perpétuo, depois enveredou pelo rock anos 70

, no LP Meu mundo e nada mais, depois veio o pop dos anos 80, depois

 a MPB em Romances Modernos e Outras Cores, depois a New age em

 New classical piano solos, de volta à MPB em Lótus e agora de volta ao

 rock anos 70, em Condição Humana. Este é Guilherme Arantes.

        Durante o show, Marcelo Jeneci em companhia de Laura Lavieri na

 plateia. Momento único de homenagens em Um dia um adeus.

        A Nova MPB reverencia o trabalho de Guilherme Arantes. E a gente

 reverencia a Nova MPB por isso. Viva!

 

Palco Líbero Badaró: uma festa moderna

      Com 40 minutos de atraso, Mariana Aydar abriu o palco com seu pop

forró MPB. Foi seguida por uma Iara Rennó futurista, em traje de

Barbarella, nada lembrando seus primeiros shows tão macunaímicos.

       Em seguida veio Silva, com seu pop rock MPB minimalista e que

agradou seu público tão fiel. Cantaram todas.

      A missão estava difícil para Guilherme Arantes, como disse a Rolling

 Stone Brasil. Mas como um rolo compressor em cima do silêncio, ele

 não se fez de rogado e entrou logo de cara com 3 hits do novo CD

 Condição Humana.

      Na plateia, a luxuosa assistência de Marcelo Jeneci e Laura Lavieri.

      Depois os clássicos. Clássicos. Clássicos. Clássicos. Em seguida,

 Olhar Estrangeiro. Coração Paulista. Perdidos na Selva. O melhor vai

começar. Loucas Horas. Lindo Balão Azul, para a loucura de um público

 tão alternativo. Foi demais!

        Difícil para Marcelo Jeneci, mas ele agradou em cheio com seu pop

 meio MPB.

        De maiô reluzente, entrou Karina Buhr com sua luxuosa

 extravagância nordestina.

        Com o sol já raiando, entrou em cena a saga de Filipe Catto,

 dando boas-vindas ao novo dia.

Seu Pereira e o Coletivo 401 trouxeram o som pop da Paraíba.

       Às 10h, a efêmera Tulipa Ruiz, já com o sol a pino, cantou tudo

 tanto.

        Ao meio dia, a arretada Márcia Castro não deixou a peteca cair e

 encantou e cantou "de pés no chão".

       Tiago Iorc trouxe de Brasília seu pop romântico.

       Às 16h, Tim Bernardes & Seus Blue Caps, ops, O Terno trouxe seu

 ácido som quase Jovem Guarda.

        Quando os gaúchos do Apanhador Só se preparavam para fechar

 com chave de ouro – violenta chuva de granizo. Mas eles mantiveram o

 espírito gaúcho de luta e fizeram o show no chão mesmo, para um

 público fiel que resolveu esperar, apesar dos desmandos de São Pedro.

        Resumo da ópera: foi demais. O Palco Líbero Badaró bombou. O

Largo de São Bento nunca mais será o mesmo!
 

        A banda que percorre o país com o Guilherme é formada pelo

 baterista Gabriel"Frejat" Martini, os guitarristas Alexandre Blanc e Luiz

 Sérgio Carlini, e o baixista Willy Verdaguer e as back vocals Marietta

 Vital ( filha de Guilherme ) e Luciana Oliveira.

 

Veja alguns vídeos ( clique na música) e fotos deste show:

Vídeos: Condição Humana      Moldura do Quadro Roubado

Onde estava você      Amanhã      Lindo Balão Azul      Êxtase

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                                  Fotos: Luis Paulo