Momento único
A Virada Cultural da cidade de São Paulo, em 2014,
com toda
certeza,não
foi apenas mais um show na longa trajetória de quase
40
anos
de Guilherme Arantes. Escalado entre Silva e Marcelo
Jeneci, ele
se
emocionou várias vezes.
Para quem não sabe, a escalação dos palcos se dá por
processo
de curadoria. Um curador, durante o ano todo, estuda
o melhor “lineup”
para
cada palco. E nada é
por acaso.
E não foi por acaso que
Guilherme Arantes estava lá, no Palco
Líbero Badaró, em pleno Largo de São Bento.
Tratava-se de uma
justíssima homenagem, no palco "cult", a um
dos mais profícuos e
atípicos cantores e compositores brasileiros da
música contemporânea.
Começou em banda de baile, voltou-se para o universo
do rock
progressivo
com o Moto Perpétuo, depois enveredou pelo rock anos
70
, no LP Meu mundo e nada mais, depois veio o pop dos
anos 80, depois
a
MPB em Romances Modernos e Outras Cores, depois a
New age em
New
classical piano solos, de volta à MPB em Lótus e
agora de volta ao
rock
anos 70, em Condição Humana. Este é Guilherme
Arantes.
Durante o show, Marcelo Jeneci em
companhia de Laura Lavieri na
plateia.
Momento único de homenagens em Um dia um adeus.
A Nova MPB reverencia o trabalho de
Guilherme Arantes. E a gente
reverencia
a Nova MPB por isso. Viva!
Palco Líbero Badaró: uma festa moderna
Com 40 minutos de atraso, Mariana Aydar abriu o
palco com seu pop
forró MPB. Foi seguida por uma
Iara Rennó futurista, em traje de
Barbarella, nada
lembrando seus primeiros shows tão macunaímicos.
Em seguida
veio Silva, com seu pop rock MPB minimalista e que
agradou seu público tão fiel. Cantaram todas.
A
missão estava difícil para Guilherme Arantes, como
disse a
Rolling
Stone Brasil.
Mas como um rolo compressor em cima do silêncio, ele
não se fez de
rogado e entrou logo de cara com 3 hits do novo CD
Condição Humana.
Na plateia, a luxuosa assistência de Marcelo Jeneci
e Laura Lavieri.
Depois os clássicos. Clássicos. Clássicos.
Clássicos. Em seguida,
Olhar Estrangeiro. Coração
Paulista. Perdidos na Selva. O melhor vai
começar.
Loucas Horas. Lindo Balão Azul, para a loucura de um
público
tão alternativo. Foi demais!
Difícil para Marcelo Jeneci, mas ele agradou em
cheio com seu pop
meio MPB.
De maiô reluzente, entrou Karina Buhr com sua
luxuosa
extravagância nordestina.
Com o sol já raiando, entrou em cena a saga de
Filipe Catto,
dando boas-vindas ao novo dia.
Seu Pereira e o Coletivo 401 trouxeram o som pop da
Paraíba.
Às 10h, a efêmera Tulipa Ruiz, já com o sol a pino,
cantou tudo
tanto.
Ao meio dia, a arretada Márcia Castro não deixou a
peteca cair e
encantou e cantou "de pés no chão".
Tiago Iorc trouxe de Brasília seu pop romântico.
Às 16h, Tim Bernardes & Seus Blue Caps, ops, O Terno
trouxe seu
ácido som quase Jovem Guarda.
Quando os gaúchos do Apanhador Só se preparavam para
fechar
com chave de ouro – violenta chuva de
granizo. Mas eles mantiveram o
espírito gaúcho de
luta e fizeram o show no chão mesmo, para um
público
fiel que resolveu esperar, apesar dos desmandos de
São Pedro.
Resumo da ópera: foi demais. O Palco Líbero Badaró
bombou. O
Largo de São Bento nunca mais será o
mesmo!
A banda que percorre o país com o Guilherme é
formada pelo
baterista Gabriel"Frejat" Martini, os guitarristas Alexandre Blanc
e Luiz
Sérgio Carlini, e o baixista Willy Verdaguer e as back vocals Marietta
Vital ( filha de Guilherme ) e Luciana Oliveira.
Veja alguns vídeos ( clique na música) e fotos deste show:
Vídeos:
Condição Humana
Moldura do
Quadro Roubado
Onde
estava você
Amanhã
Lindo
Balão Azul
Êxtase
Fotos: Luis Paulo |